
Em Sergipe, o número de doadores de órgãos aumentou, no entanto, a realização de transplantes ainda é baixa. De acordo com a Central Estadual de Transplantes (CET) de Sergipe, o estado registrou um aumento de 60% no número de doadores de órgãos, números que não foram seguidos pelas cirurgias.
E para falar sobre essa realidade, a edição desta quarta-feira, 22, do programa Inove Notícias da Cultura FM, com Kleber Alves, conversou com o coordenador da CET, Benito Fernandes. De acordo com ele, Sergipe é um dos estados mais avançados no quesito transplante de órgãos.
“Sergipe realiza cirurgias de rim, com doador vivo, e de córnea no Hospital Universitário. De rim, por exemplo, foram realizados apenas três transplantes durante todo o ano de 2024 e a nossa expectativa é que os números sejam mais positivos este ano”, revelou.
Ainda segundo Benito Fernandes, o Hospital de Cirurgia deve começar a realizar as cirurgias renais e de fígado com doador falecido, o que vai representar um o aumento de 30% em relação aos números do ano passado. “Quando um doador decide doar os seus órgãos, ele pode salvar até oito vidas, dependendo dos órgãos e tecidos doados”, afirmou.
Os órgãos que podem ser doados são coração, pulmões, fígado, rins e pâncreas. Já no caso de tecidos, córneas, ossos, pele, vasos sanguíneos e medula óssea podem ser aproveitados.
O Brasil é um dos países líderes mundiais em transplantes de órgãos. O Sistema Único de Saúde (SUS) financia cerca de 95% das operações no país.
Alguns fatores que podem dificultar a doação de órgãos são: desconhecimento do conceito de morte encefálica, desconhecimento do desejo do potencial doador, religiosidade e demora na liberação do corpo.
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