E a polêmica envolvendo os feirantes que comercializam na Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa Aracaju) e a antiga gestão da Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), que administrava a unidade até abril deste ano, continua. Isso porque os comerciantes não aceitam arcar com as dívidas deixadas pela antiga gestora.
E a equipe de reportagem do programa Inove Notícias da Cultura FM, com Kleber Alves trouxe os detalhes de reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 24, na Ceasa com os comerciantes.
Com uma dívida que passa da casa de R$ 1 mi, a ideia da antiga gestão é ratear esse valor com os comerciantes, o que não foi bem recebido pelos feirantes. “Essa reunião não trouxe nada de novo e o que eles querem é fazer com que a dívida seja paga pela gente e eu não aceito isso. O correto é saber a origem dessa dívida para que seja resolvida”, afirmou o comerciante Ricardo, que há mais 30 anos trabalha na Ceasa.
Na Ceasa há 50 anos, desde a sua fundação, o comerciante Edinaldo desabafa que não há ninguém que olhe pelos feirantes. “Estamos abandonados. A Ceasa, hoje, não tem representante. Não tem ninguém para nos ouvir ou marcar nada e essa associação não faz nada pela gente e não é justo que a gente pague por algo que não foi causado por nós?” questionou.
Nova administração
A Ceasa Aracaju foi administrada, por vários anos, pela Assuceaju através de concessão pública. O modelo foi contestado pelo Ministério Público de Sergipe (MPSE) e culminou no Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento, firmado na 3ª Vara Cível de Aracaju, passando a administração do espaço para o Governo do Estado.
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), administra a central de abastecimento desde 1º de maio de 2024.