E a novela da polêmica em torno do lixo da capital tem mais um capítulo, tendo em vista que circula nos bastidores a informação de que a empresa Renova Serviços de Coleta Especializados uma das duas que entraram no lugar da Torre, estaria atuando de forma irregular por não ter a devida licença ambiental.
E para falar sobre esse assunto, a edição desta sexta-feira, 25, do Programa Inove Notícias da Cultura FM, com Kleber Alves, conversou com o presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Carlos Anderson, que confirmou que a empresa está atuando de forma irregular.
“A Renova entrou com o pedido de licença no dia 18 de fevereiro. Em um procedimento normal de licenciamento, os técnicos da Adema vão ao local para fazer vistoria e, ao chegarem na empresa no dia 25 de fevereiro, encontraram o serviço já em atividade sem a devida licença ambiental”, revelou o presidente.
De acordo com Carlos Anderson, o prazo para sair uma licença ambiental é de 15 dias. “Eles tinham que ter dado entrada no processo e aguardar o trâmite e a liberação da licença ambiental e não foi o que eles fizeram”, destacou.
E por causa desse descumprimento da legislação, a Renova foi autuada e multada pela Adema. “Fizemos a notificação e demos um prazo de 120 dias para que a empresa regularizasse a situação. O prazo venceu dia 16 de abril e empresa não se manifestou e permanece operando de forma irregular”, afirmou Carlos Anderson.
Apesar de estarem operando de forma irregular sem a licença ambiental, o presidente da Adema desatacou que, até o momento, não foi identificado nenhum dano ao meio ambiente. “E quando isso acontece, o órgão fiscalizador entende a complexidade da coleta de lixo, por isso, interromper esse serviço seria muito prejudicial e uma questão de saúde pública, por isso a Adema não vai interditar a empresa nesse momento, por entender que a interrupção do serviço vai gerar um dano maior para o meio ambiente”, completou.